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Bom dia!
Aproveitando o fim de ano, a gente resolveu trazer pra você uma retrospectiva dos nossos textos e notícias mais lidas, em algumas partes. Vai que você quer dar uma lida de novo ou deixou passar no dia em que saiu, né? Então confere aí embaixo quais foram essas notícias!
Por Enrico Romanelli
CAMPO ATUALIZADO
Comprar, alugar ou terceirizar, eis a questão

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O produtor que vivia na dúvida entre comprar, alugar ou terceirizar as máquinas agora tem uma nova conselheira: a calculadora da CNA. O estudo “Máquinas Agrícolas: alugar, comprar ou terceirizar?”, feito em parceria com a Agroconsult, mostrou com números reais do campo o que mais pesa, ou alivia, no bolso do produtor tupiniquim.
De acordo com a pesquisa, 17% do custo total da lavoura vem das máquinas e da desvalorização que acontece todo ano, igual seu carro na tabela Fipe. E com o preço dos equipamentos disparando (tratores subiram até 154% desde 2019 e colheitadeiras até 124%) e os juros do Moderfrota beirando os 13% ao ano, fechar a conta tá mais difícil que acertar regulagem de pulverização. O produtor que quiser dormir tranquilo vai precisar de mais planilha que travesseiro.
Nas simulações, a terceirização venceu a corrida da colheita em todas as regiões, principalmente porque as colheitadeiras ficaram caras demais, e operador bom virou artigo de luxo. No plantio, o aluguel se mostra competitivo em metade do país, enquanto na pulverização o produtor ainda prefere o velho modelo próprio, já que praga não espera orçamento e pagamento à prazo.
O modelo próprio continua dominando tudo por aqui, mas o estudo mostra que o futuro pode estar nas parcerias. Na Argentina, 60% das operações já são terceirizadas. No Brasil, o aluguel de maquinário tá crescendo entre produtores mais corporativos e menos familiares, que veem o maquinário como ativo financeiro, não como herança de família.
Pra quem quiser testar na prática, a CNA criou uma calculadora online que simula custos de plantio, pulverização e colheita. É só colocar os dados da propriedade e ver onde o dinheiro rende mais: na garagem, no contrato ou na planilha. No fim, a máquina pode até ser cara, mas decidir sem conta na ponta do lápis é o que realmente sai caro.
DEU B.O.
Piratas do agrotóxico e maldição dos golpistas do milho
O agro brasileiro tá com cara de roteiro de série da Netflix. Em Franca (SP), o Ministério Público descobriu que o PCC resolveu diversificar o portfólio e entrou de cabeça no mercado ilegal de agrotóxicos. O negócio é lucrativo e já tava rodando em larga escala: tinha falsificação de rótulo, embalagem fake e sistema de venda online, além de linha de produção e laboratório semi-industrial. Pena que tanta eficiência foi pro lado errado da lavoura.
O mercado pirata de defensivos já responde por até 25% das vendas por aqui, gerando um prejú de mais ou menos R$ 20 bilhões por ano. E o problema não é só no bolso: tem impacto ambiental, social e até nas exportações, já que as misturas apreendidas tinham até 25 substâncias misteriosas. As rotas do contrabando passam tanto por fronteiras secas quanto por portos, com os produtos mocados em cargas da China e da Índia.
Enquanto uns falsificam defensivo, outros vendem grão que nem existe. A Polícia Civil de Goiás realizou a Operação Agrofraude, que investiga um golpe de R$ 120 milhões em várias compras e vendas de milho. Pra fazer isso, os criminosos usavam o velho golpe do falso intermediário, onde o grupo fingia ser comprador pra pegar as informações reais do produto e depois se passava por vendedor, fechando negócios fantasmas.
O esquema ferrou com vários produtores, em nove estados diferentes, e deixou um rastro de prejuízos. Só em Rio Verde, dez vítimas perderam mais de R$ 1 milhão cada uma. A operação bloqueou contas, apreendeu bens e prendeu uma parte da quadrilha. É bom todo mundo andar na linha, viu?
NAS CABEÇAS DO AGRO
Agro agora tem dashboard pra chamar de seu
O agro tá cada vez mais conectado, com mais dados, mais tecnologia, e agora tem até um Power BI pra provar e mostrar os dados. A CropLife Brasil lançou o CropData, uma plataforma que junta num lugar só tudo que antes ficava espalhado em planilhas, PDFs e gavetas de consultoria. Agora dá pra achar, em dois palitos, quanto o campo produz, investe, fatura e até quantos registros novos saíram do forno.
O levantamento traz um dado bem interessante. Ele mostra que o setor de insumos agrícolas faturou R$ 114 bilhões em 2024, sendo R$ 81,6 bi de químicos, R$ 28 bi de sementes e R$ 4,5 bi de bioinsumos. E último dado também é muito animador pro futuro, já que o setor de biológicos cresceu 30% no biênio, enquanto os químicos deram uma desacelerada de 20%. Tá claro que a química ainda manda na bagaça, mas os biológicos tão chegando com o pé na porta.
O portal também mostra um agro mais profissionalizado. A turma dos insumos emprega mais de 25 mil pessoas, com 60% da galera tendo ensino superior completo e salário médio de R$ 10 mil. E o ESG, que antes era só discurso bonito em evento, agora virou KPI: 100% das empresas dizem ter práticas sustentáveis, 75% divulgam publicamente e 39% prometeram reduzir emissões até 2030.
ATUALIZAÇÃO NO CAMPO
Chatbots com sotaque rural

GIF: Giphy
A inteligência artificial invadiu a roça de vez e agora até o WhatsApp do produtor ganhou companhia. A Embrapa lançou o RAImundo, um assistente que responde dúvida sobre pragas, lê foto de lavoura e até pega sotaque da região. Já são seis mil produtores testando esse braço digital no dia a dia do campo.
A Syngenta botou a IA no Cropwise Balance: o produtor manda áudio no zap, a máquina entende, atualiza estoque, calcula custo por talhão e gera relatórios sem ninguém precisar abrir planilha. É tipo ter um estagiário que não pede férias nem esquece de anotar nada.
Já a Grão Direto criou o AIrton, consultor virtual que negocia preço de grãos, acompanha mercado e ainda manda áudio com análise pronta. O que antes era privilégio de produtor gigante, agora chega no celular de qualquer um. Só não dá pra esquecer: até a IA mais sabida ainda não substitui a visita do agrônomo.
MENTES QUE GERMINAM
Você conhece as principais startups do agro BR?

Foto: Editora Globo
O agro brasileiro segue mostrando que inovação boa não nasce em coworking de cidade grande, nasce com pesquisa e trabalho duro. Quatro agtechs entraram na lista das 100 Startups to Watch 2025, da Pequenas Empresas & Grandes Negócios, mostrando que o campo também sabe falar de IA, dados e nanotecnologia, só que com bota e chapéu.
A Agrosmart, de Campinas (SP), é tipo uma Alexa na lavoura: monitora clima e solo em tempo real e ajuda o produtor a decidir quando irrigar, plantar ou colher. A operação já chega em 48 milhões de hectares em nove países e impacta mais de 100 mil produtores.
A Doroth, de Piracicaba (SP), trouxe a biologia molecular pro campo, e não é pra falar difícil, mas pra falar com o solo. A startup faz o check-up da terra, monitorando os microrganismos que vivem ali e que fazem brilhar os olhos dos agrônomos. A empresa é a primeira do Brasil a medir a vida invisível que faz a lavoura dar certo. Tipo um exame de sangue pro solo.
De Florianópolis (SC), vem a Revella, que mistura biotecnologia e nanotecnologia pra deixar os insumos agrícolas mais eficientes. As fórmulas reduzem em até 80% o uso de agroquímicos e ainda aumentam a produtividade da lavoura. Tão fazendo um insumo aditivado.
A Zeit, de Santa Maria (RS), mostra que dado também dá lucro. A startup usa inteligência artificial pra analisar proteína, óleo e umidade da soja e ainda monitorar o potássio nas plantas. É como se o agrônomo ganhasse um copiloto digital com planilha pronta e bola de cristal.
O futuro ta aí, batendo na porta, falta só o resto do mercado abrir.

Pra finalizar, a Agro Espresso deseja um feliz natal e um ano novo daqueles, com família reunida, chuva na hora certa, preço firme e muita xícara cheia ao longo de 2026. Valeu demais por ficar com a gente ao longo desse ano. Já somos quase 10 mil assinantes tomando essa dose diária juntos e mostrando que dá pra falar de agro com profundidade, leveza e personalidade.
Um obrigado especial também pra todas as marcas que já apostaram na nossa xícara e nos patrocinaram ao longo do caminho: Snash Hub, Chrysalabs e Agnest. Vocês ajudaram a bancar reportagem, café e servidor, e provaram que conteúdo bom sobre o campo tem valor.
Também queremos agradecer a todos os influenciadores que ajudaram a gente a apresentar a Agro Espresso pra uma galera: Carla Aquino, Laís Ilidia, Sônia Bonato, Andreia Kapron e Lívia Padilha.
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