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A Expointer 2025 fechou com recorde de público, mas negócios em queda de quase 50%, enquanto a pesquisa da Unifran mostrou que nanogéis aplicados em sementes podem aumentar em até 90% o crescimento inicial das plantas. Além disso, o Cade aprovou a fusão da Marfrig com a BRF e Mato Grosso inicia o plantio sob alerta de solo mais seco dos últimos 30 anos.

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Tudo que você precisa saber

Por Enrico Romanelli

O Sul começa a semana em clima de novela mexicana, cheio de reviravoltas. Um ciclone que vem da Argentina organiza a frente fria e espalha instabilidade pelos três estados, com pancadas fortes no RS, chuva em SC e PR e rajadas de até 60 km/h. O Inmet já ligou o alerta de alagamentos e quedas de energia.

Mas o refresco dura pouco. A quarta amanhece mais fria, sem exageros, e logo o ar quente volta a dominar, jogando as temperaturas lá pra cima de novo. No Sudeste, o efeito é tímido: São Paulo segue no forno, com máximas na casa dos 30°C até terça.

Enquanto isso, o Brasil joga em dois extremos. No Nordeste, o vento costeiro ameaça levar dunas pra áreas urbanas do Piauí, Ceará e RN. No Amazonas, a bronca é com chuva forte. Já no Centro-Oeste e parte do Sudeste, a seca segue no comando, com umidade em 20% e risco de incêndio.

Pesquisadores da Unifran descobriram que tratar sementes com micro e nanogéis pode turbinar o crescimento inicial em até 90%. O segredo tá nos nanopolímeros que viram hidrogéis à base de água, facilitando o transporte e a absorção de nutrientes já nos primeiros dias de desenvolvimento.

Nos testes com pepino e soja, as plantas cresceram com raízes mais longas e vigorosas nos primeiros 20 a 30 dias. A próxima etapa vai avaliar magnésio, manganês e até fertilizantes foliares. A pesquisa, iniciada em 2022 e financiada pela Fapesp até 2027, tem foco na soja, mas deve se expandir pra milho, tomate e outras culturas.

Além de produtividade, o pacote inclui sustentabilidade. Ensaios mostraram que o material não é tóxico e pode ser aplicado direto na semente ou no solo. Se vingar, a tecnologia pode até reduzir o uso de agrotóxicos, entregando pequenas doses de forma mais eficiente e garantindo mais resultado em áreas já cultivadas.

A Expointer 2025 terminou com um contraste marcante: público recorde e caixa em baixa. Mais de 960 mil pessoas passaram pelo Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, um aumento de 16,8% em cima do recorde anterior. Mas o volume de negócios despencou 45,5% em relação ao ano passado, fechando em R$ 4,4 bilhões.

O tombo veio principalmente das máquinas agrícolas, que recuaram quase 50%, de R$ 7,3 bilhões pra R$ 3,7 bilhões. Na pecuária, as vendas caíram de R$ 18,9 milhões pra R$ 15,4 milhões.

O secretário da Agricultura do RS, Edivilson Brum, reconheceu os desafios, apontando queda nos preços e endividamento como fatores que travaram as vendas. Mesmo assim, classificou o evento como positivo pela força de público e pela diversidade de atrações. A próxima edição já tá marcada: 29 de agosto a 6 de setembro de 2026.

O Cade carimbou a fusão entre Marfrig e BRF, criando a MBRF Global Foods em um negócio de US$ 2,6 bilhões. A nova gigante chega pra disputar espaço com JBS e Tyson no mercado global de proteínas, sem nenhuma restrição imposta pelo órgão.

O movimento encerra meses de negociações e pressões, incluindo questionamentos da Minerva sobre concorrência e a participação de investidores sauditas. A aprovação veio depois que a Salic, fundo ligado à Arábia Saudita, converteu suas ações da BRF em derivativos, reduzindo o peso político da sua fatia no negócio.

Agora, a MBRF mira alto. A empresa planeja listar ações nos EUA e pode até transferir a sede pra lá, já que o mercado americano deve responder por 43% da receita. Essa fusão marca um passo histórico pro setor e promete aquecer a disputa entre as maiores fornecedoras globais de carne.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia em Davis desenvolveram um trigo geneticamente modificado que consegue estimular bactérias do solo a fixar nitrogênio do ar, serrando a dependência de fertilizantes sintéticos. A sacada foi aumentar a produção de apigenina, uma substância que o próprio trigo já fabrica, e liberar o excedente no solo pra ativar as bactérias.

Nos testes, as plantas renderam mais mesmo com pouco fertilizante aplicado. Diferente das leguminosas, que criam nódulos pra abrigar as bactérias fixadoras, o trigo californiano aposta em deixar o solo pronto pra que a enzima nitrogenase funcione em alta.

O potencial é enorme. O trigo responde por 18% do consumo global de fertilizantes nitrogenados, e só nos Estados Unidos uma redução de 10% já representaria mais de 1 bilhão de dólares em economia por ano. A tecnologia tá em processo de patente e pode ganhar versões pra milho e arroz logo menos.

Piracicaba se prepara pra receber no dia 19 de setembro a 15ª edição do Encontro de Marketing em Alimentos e Agronegócios (EMAA) e a 8ª edição do Congresso de Marketing em Alimentos e Agronegócios (COMA). Organizados pelo MarkEsalq, os eventos juntam academia e mercado pra discutir as principais tendências do marketing do setor.

A programação vai do comportamento do consumidor a cases de comunicação, passando por painéis, workshops e apresentação de pesquisas que conectam teoria e prática. É o tipo de encontro que mostra como o marketing tem papel central na forma como o agro se posiciona pro mundo.

E aqui vai a novidade: a Agro Espresso estará presente como apoiadora oficial e também como case, mostrando como transformar notícia bruta em informação direta e com identidade própria pro público do agronegócio. Saiba mais aqui.

Hoje a pedida é o Termo, o jogo de palavras que virou febre. A missão é simples: adivinhar a palavra do dia em até seis tentativas. Cada chute mostra o quão perto você chegou, mudando as cores das letras pra indicar acertos ou erros.

É o passatempo perfeito pra treinar o vocabulário e dar aquela pausa estratégica no meio do dia. Bora testar se você acerta mais rápido que seus amigos?

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Resposta da edição passada: Inhame

Pergunta de hoje: Qual fruta do Mediterrâneo foi símbolo de fertilidade na Grécia Antiga e é consumida até hoje in natura ou em sucos?

A resposta você fica sabendo na próxima edição!