APRESENTADO POR

Bom dia!

Acordou? O agro já. E a xícara de hoje vem com safra recorde, mamão bombando, cana sentindo o baque e o açúcar derretendo no mercado. Hoje tem:

• Soja no topo com colheita histórica
• Greening segue no encalço da laranja no PR
• Açúcar no menor valor em 4 anos
• Bioinsumo novo promete mudar o jogo nas pastagens
• E no Tocantins? Um mamão cresceu, e não foi pouco

Cola comigo, só o que importa, do jeito que você entende.

Por Enrico Romanelli

Essa quarta-feira (2) promete ser gelada no Sul e molhada no Sudeste. Segundo a previsão, uma massa de ar polar intensa vai derrubar as temperaturas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, com máximas entre 9 °C e 15 °C e risco de geada generalizada.

No Sudeste, o destaque vai para a chuva. A previsão aponta volumes entre 30 e 50 mm ao longo do litoral de São Paulo e do Rio de Janeiro, com possibilidade de alagamentos pontuais em áreas urbanas.

O frio também deve avançar até o oeste de Mato Grosso do Sul e as serras do Sudeste, embora com menor intensidade. A condição é de tempo estável, seco e gelado por boa parte do país e o produtor já sabe: clima assim muda o jogo no campo.

O Brasil exportou só 39,9 mil toneladas de milho em maio, uma queda de 90,6% em relação ao mesmo mês de 2024, segundo dados da Secex.

O tombo é explicado pelo atraso da safrinha e pela competitividade menor no mercado global. Em compensação, o preço médio por tonelada subiu 125,9%, batendo US$ 467. Quem tinha estoque e fechou negócio, acertou o timing.

Com a colheita da safrinha ganhando ritmo em julho, os embarques devem acelerar. Mas por enquanto, milho brasileiro ficou pra trás.

A produtividade da cana no Centro-Sul caiu 12% em maio, segundo o CTC. Foram 80,8 toneladas por hectare contra 91 no mesmo mês de 2024. Essa queda foi um reflexo direto das chuvas irregulares que afetaram os canaviais.

Ribeirão Preto sentiu o baque: a média por hectare despencou 21,6%, passando de 102,5 t/ha pra 80,4 t/ha. Já Assis nadou contra a corrente e teve alta de 7,4%, chegando a 89,4 t/ha.

A qualidade também foi atingida. O ATR médio caiu 2,1%, de 123 kg/t pra 120,8 kg/t. No acumulado abril-maio, a produtividade já soma queda de 12%, com o ATR recuando pra 118,3 kg/t.

Safra ainda no começo, mas os produtores já estão ficando em choque.

O produtor rural começou 2025 com mais contas no vermelho. Segundo a Serasa Experian, a inadimplência de pessoas físicas do agro subiu pra 7,9% no primeiro trimestre , uma alta de 0,3% em relação ao fim de 2024, e de 0,9% na comparação anual.

Mesmo com a colheita recorde de soja neste ano, o efeito dos problemas da safra passada ainda pesa no bolso. Os grandes produtores lideram os índices, com 10,7% de inadimplência, seguidos por arrendatários (9,5%), médios produtores (7,8%) e pequenos (7,2%).

O Sul aparece com os menores percentuais: Rio Grande do Sul (4,8%), Paraná (5,7%) e Santa Catarina (6%). Na outra ponta, o Amapá tem a maior taxa entre os estados, com 21,2%.

Pra Marcelo Pimenta, head de agro na Serasa, os números ainda refletem uma “flutuação esperada” e mostram resiliência do setor.

Se você ainda tá usando papel e trena pra medir talhão, a FARMS promete resolver. O app brasileiro junta imagens de satélite, previsão do tempo, mapa de produtividade e medição de área, tudo num só lugar.

Funciona offline, tem usabilidade real (nada de interface engessada) e ajuda a tomar decisão rápida sem depender de sinal. Vale pra soja, milho, cana, hortifruti e mais.

Disponível para Android e Iphone.

A Frente Parlamentar da Agropecuária não engoliu o novo Plano Safra 25/26. A crítica da vez? Menos grana pra investir, crédito mais caro e pouca transparência sobre o seguro rural.

O valor total anunciado foi de R$ 516,2 bilhões, mas só R$ 101,5 bilhões vão pra investimento, uma queda de 5,4% em relação ao ciclo anterior. O grosso ficou no custeio. Pra completar, com a Selic a 15%, a equalização caiu 17,5%, e o crédito ficou mais salgado: o Moderfrota, por exemplo, foi a 13,5% ao ano.

Pedro Lupion, presidente da FPA, disse que essa conta não fecha. Acusou o governo de inflar os dados sobre renúncia fiscal misturando agro e cesta básica, e alertou: o agro pagará R$ 58 bilhões a mais em juros.

Outro ponto de tensão foi o silêncio sobre o seguro rural. Em 2024, só um terço do valor prometido foi entregue. Agora, o orçamento será anunciado “depois”.

E tem mais: a bancada criticou o fim da isenção de IR sobre LCAs, papel que responde por 43% do financiamento do agro. Com isso, os bancos devem gastar R$ 164 bi a mais pra cumprir exigências legais, o que pode encarecer ainda mais o crédito.

A Anvisa deu sinal verde pro Butantan iniciar os testes clínicos da primeira vacina brasileira contra a gripe aviária. O imunizante é voltado contra o vírus H5N8 e entra agora na fase 1/2 dos ensaios, com foco na segurança e resposta do corpo à vacina.

O estudo vai envolver 700 voluntários adultos e idosos, distribuídos entre SP, MG e PE. Eles vão receber duas doses, com intervalo de 21 dias, e serão acompanhados por sete meses.

A liberação foi feita em caráter prioritário, por se tratar de uma vacina estratégica, com potencial pra conter surtos futuros. A fórmula é parecida com a usada contra a gripe comum: inativada, fragmentada e com adjuvante.

Se tudo correr bem, o Butantan já sinalizou que pode produzir até 30 milhões de doses. Uma proteção extra num momento em que a gripe aviária volta a preocupar o mundo (e principalmente o agro).

É bom de se localizar quando se perde em lugares aleatórios? Então segura essa:
no jogo GeoGuessr, você é jogado aleatoriamente em algum lugar do país via Google Street View e precisa adivinhar onde está, baseado em placas, estrada de terra, lavoura, paisagem… e sorte.

Vale como treino pra quem já se perdeu entre dois canaviais.

Resposta da edição passada: Algodão

Pergunta de hoje: Qual é a fruta que o Brasil mais exporta?

A resposta você fica sabendo na próxima edição!